Leptospirose - a doença da urina dos ratos
Introdução:
A leptospirose é uma doença de
extrema importância, sendo a urina dos roedores o principal vector de
transmissão, tanto nas espécies domésticas como nas pecuárias.
Afecta também o homem em
actividades de lazer como tomar banhos em rios ou lagos possivelmente contaminados.
Outra fonte de contaminação poderá ser a alimentação.
Epidemiologia:
A infecção resulta da exposição
directa ou indirecta.
A transmissão directa ocorre através do contacto com a
urina, mordeduras dos roedores, picadas de insecto, o coito e transplacentaria.
A exposição indirecta é
decorrente da exposição a fontes de águas contaminadas por espiroquetas que são
eliminadas na urina dos ratos no solo ou alimentos mal lavados.
A penetração no organismo faz-se através
das erosões de pele, da mucosa ocular, vaginal e nasal, do contacto das mesmas
com o solo e agua contaminada com espiroquetas
Trata-se de uma zoonose (doença transmissível
ao Humano), pelo facto de ser comum tanto ao homem como aos animais que com
aquele habitam ou convivem.
É uma doença frequente em pessoas ligas
profissionalmente com animais, tais como trabalhadores em matadouros e Médicos Veterinários,
pessoas que exercem trabalhos de limpeza pública, departamentos de águas e
esgotos, laboratórios ou até mesmo professores e estudantes em contacto directo
com animais também são susceptíveis de contraírem esta doença na ausência de
prevenção.
Sintomas:
Nos cães distinguem-se três
formas de manifestação sintomática:
- Aguda
ou hemorrágica
- Crónica
ou icterica
- Subaguda
ou urémica.
Na primeira das formas referidas o ataque é repentino, provocando depressão e vómitos hemorrágicos. São frequentes as epixtasis (sangue pelas narinas) e as hemorragias cutâneas. Na forma ictérica o ataque pode ser rápido e insidioso. A elevação de temperatura não é alarmante, e dá-se a queda desta logo que surge icterícia. Nesta fase vómitos sanguinolentos, epixtasis, obstipação poderá também ocorrer. Na forma subaguda pode aparecer ligeira icterícia, febre, anorexia, vómitos e obstipação.
Diagnostico:
O diagnóstico da Leptospirose não é fácil, dada a variedade de sintomas, comuns em outros casos clínicos. Quando temos um suspeito, este tem de ser confirmado através de análises laboratoriais, fazendo-se o isolamento da bactéria a partir da cultura de sangue.
Controlo e prevenção:
- Medidas ligadas ao meio ambiente:
- Obras de
saneamento básico;
- Melhorias nas
habitações humanas;
- Combate de
roedores;
- Vacinação: é importante vacinar
anualmente os cães. As vacinas múltiplas mais modernas protegem os animais
contra 4 tipos de Leptospiras, as que mais comummente afectam os cães.